Uma troca de bebês ocorrida em 1979 na Maternidade Anita Costa, em Mococa, interior de São Paulo, só foi descoberta após quase 40 anos. O caso veio à tona em 2018, quando duas mulheres, já adultas, começaram a suspeitar da troca ao notarem diferenças físicas em relação às famílias em que cresceram.
As suspeitas levaram as mulheres a realizarem exames de DNA, que confirmaram que haviam sido entregues às famílias erradas logo após o nascimento. A revelação causou um grande impacto emocional em todos os envolvidos, pois, por quase quatro décadas, as famílias acreditaram estar criando suas filhas biológicas.
A descoberta gerou um processo judicial movido pelos pais biológicos das mulheres, que alegaram sofrimento psicológico e emocional devido ao erro ocorrido na maternidade. Durante o julgamento, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reconheceu a gravidade da situação e condenou o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE) e a Maternidade Anita Costa a indenizarem os pais afetados.
A decisão estabeleceu que cada um dos pais biológicos das vítimas receberá R$ 100 mil por danos morais, totalizando R$ 200 mil em indenizações. O caso trouxe à tona discussões sobre a necessidade de protocolos mais rigorosos em maternidades para evitar erros como esse, garantindo mais segurança para as famílias no momento do nascimento de seus filhos.
(Fonte: migalhas.com.br)
Por: Bertol Sociedade de Advogados
